Abril (do latim aprilis, aperire, abril) começava o ano.
Era o segundo mês de Rômulo. Os gregos o colocaram sob a proteção de Apolo,
enquanto os romanos o consagraram a Vênus. Em fins do século XVI, abril deixou
de abrir. Em 1564, Carlos IX, da Franca, filho de Catarina de Medicis, determinou
que o ano se iniciasse a 19 de janeiro. Surgiu daí o hábito de se armarem
pilhérias a 1º de abril...
Os franceses, que chamam a data
de Poissons d’avril, passaram a
enviar felicitações, presentes irrisórios e notícias falsas aos que se não
conformavam com a inovação. E o 1º de abril, por isso, ficou dedicado à
mentira...
Houve farsas que se tornaram
célebres. Mistificadores ganharam fama, como Alphonse Aliais, Vivier e Monnier,
o autor das Memórias de Joseph Prudhomme.
E esse costume de mentir no 1º de abril veio parar no Brasil...
No começo da República, O Fígaro, jornal de Medeiros e
Albuquerque, defendia acaloradamente o novo regime. A 19 de abril de 1890,
quando mais fervilhavam os boatos de volta ao antigo sistema de governo, e
quando mais os oposicionistas combatiam o Marechal Deodoro (o 1º marechal que
ocupou a Presidência nossa de cada dia), aquela publicação estampou notícia
pormenorizada sobre a restauração da Monarquia, com inúmeros comentários
jocosos a propósito dos políticos do Império. Muita gente acreditou. E até um
delegado de polícia de pequena cidade mineira, que aderira à República, hasteou
a bandeira do antigo regime na fachada de sua casa. Ah, certos mineiros!...
Enfim, a 1º de abril de 1964,
houve uma revolução para salvar o Brasil...
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