quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

NOVENTA ANOS


         Hoje, 1º de dezembro, Nestor de Holanda, meu pai, faria 90 anos.
         Jornalista, escritor, teatrólogo, compositor popular, produtor de rádio e TV, publicitário, embora nunca tenha sido membro de qualquer partido político e utilizando como arma unicamente sua Olivetti, foi um combatente de garra, inimigo de todo tipo de injustiça, pessoal ou social, e, por fim do famigerado regime político que dominou o país a partir de 1º de abril de 1964.
         Devido a isto, foi perseguido, afastado, pouco a pouco, de diversos órgãos de comunicação onde trabalhava. As aflições causadas pelos inúmeros aborrecimentos o levaram à morte em 14 de novembro de 1970, aos 48 anos.
         Após seu desaparecimento e sempre de maneira covarde, uma vez que não mais o teriam pela frente, seus inimigos procuraram apagar, de todas as formas, seu nome, difamando-o cruelmente e excluindo-o de toda e qualquer publicação oficial ou privada onde ele, pelo talento e enorme produção, necessariamente, deveria estar inserido.
         Durante muito tempo, sua família tentou, sem sucesso, reeditar seus trabalhos em vão.
         E agora, desde o dia 13 de novembro, quando este blog foi criado, seu “Telhado de Vidro” voltou a ser publicado.
         Em sua memória, na medida do possível, tentarei mantê-lo sempre na ativa.
         Saudações aos antigos e novos telhadistas.
         O “Sargento Iolando” está de volta.

Logomarca na estréia no Diário de Notícias
(Em 13 de novembro de 1962)

Logomarca da coluna no Diário de Notícias em 21 de dezembro de 1962


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